sexta-feira, 30 de maio de 2014

Reflexão Salesiana do domingo da Ascensão do Senhor - 01 de junho de 2014

Comunicação: palavra eminentemente salesiana.

Neste final de semana celebramos a Ascensão do Senhor. A Igreja há 48 anos realiza o Dia Mundial das Comunicações. O Papa escreve todo ano uma mensagem para este dia. Neste ano o tema é "Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro."

Quando se lê o Tratado do Amor de Deus percebemos que São Francisco de Sales usa frequentemente o verbo comunicar para mostrar como Deus se comunica (como Trindade), como se comunica conosco e como nós nos comunicamos com Ele.

As leituras de hoje falam sobre a ascensão de Jesus ressuscitado rumo à plenitude do Reino de Deus. São Francisco de Sales observa que o "mistério da Ascensão nos deixa admirados.  Se entendermos a Ascensão, conseguiremos o maior tesouro de todos os dons que Jesus nos dá.  Seu corpo, não o físico, mas o espiritual entra no céu e está presente na Eucaristia.  Ele se entrega a todos os que desejam recebê-lo e acolhê-lo. Secretamente, ele está transformando a todos nós."

A Espiritualidade Salesiana é fascinante porque não se preocupa apenas com as coisas do céu, (na primeira leitura de hoje vemos, por exemplo, que os Apóstolos não paravam de olhar para o céu) mas se preocupa também com a nossa condição humana, com as nossas coisas do dia a dia. São Francisco de Sales diz que o amor de Deus diviniza nossa humanidade constantemente. E por causa disso temos uma obrigação: amar o nosso corpo corretamente. O corpo é parte integrante de nossa condição humana e também dividirá conosco a felicidade eterna. Como cristãos devemos amar os nossos corpos, pois eles são a imagem viva da encarnação do nosso Salvador. Também devemos reconhecer e amar a imagem divina nos outros. Isso não significa que devemos cair no "culto exagerado do corpo", como acontece na nossa sociedade de hoje.

São Francisco também nos lembra, no dia da ascensão, que temos uma vida “escondida em Deus, com Jesus Cristo”. Precisamos viver este amor no cotidiano de nossas vidas e afastar, pouco a pouco os nossos amores egoístas.  E nós então perguntamos: como fazemos isso?  Sales usa então a imagem do sol. A luz forte do sol durante o dia faz com que a luz das estrelas desapareçam. Assim acontece conosco. Quando nos preocupamos em dar valor absoluto as coisas da terra, aos bens perecíveis, não vemos o valor das coisas que são eternas. São Francisco diz que o "fogo do amor de Deus, que é muito mais forte e mais poderoso, extingue o nosso amor excessivo a todas as coisas que são inferiores."

Através da ressurreição e da Ascensão de Jesus podemos viver uma nova vida no amor sagrado. O nosso amor tem que ter como fonte o amor de Cristo. Esta vida se opõe a todas as regras da cultura atual, muito marcada pelo materialismo, que gera, entre outras coisas uma violência muito grande. O Papa Francisco nos recorda neste dia mundial das Comunicações Sociais que "quando a comunicação tem como fim predominante induzir ao consumo ou à manipulação das pessoas, encontramo-nos perante uma agressão violenta..."

A ascensão nos lembra, então, que um dia chegaremos ao lugar onde tudo é perfeito. Nesta vida, navegamos no meio de tantas dificuldades. Por isso Jesus nos aconselha a perseverarmos. Quem perseverar, será salvo! Também, à convite do Papa, podemos e devemos viver "uma autêntica cultura do encontro". Por isso convido a todos para lerem a carta que o Papa escreveu para o 48º Dia Mundial das Comunicações. Ele finaliza assim esta carta: "Não tenhais medo de vos fazerdes cidadãos do ambiente digital. É importante a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para dialogar com o homem de hoje e levá-lo ao encontro com Cristo: uma Igreja companheira de estrada sabe pôr-se a caminho com todos. Neste contexto, a revolução nos meios de comunicação e de informação é um grande e apaixonante desafio que requer energias frescas e uma imaginação nova para transmitir aos outros a beleza de Deus."


MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO 
PARA O XLVIII DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS
«Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro»
[Domingo, 1 de Junho de 2014]

Queridos irmãos e irmãs,
Hoje vivemos num mundo que está a tornar-se cada vez menor, parecendo, por isso mesmo, que deveria ser mais fácil fazer-se próximo uns dos outros. Os progressos dos transportes e das tecnologias de comunicação deixam-nos mais próximo, interligando-nos sempre mais, e a globalização faz-nos mais interdependentes. Todavia, dentro da humanidade, permanecem divisões, e às vezes muito acentuadas. A nível global, vemos a distância escandalosa que existe entre o luxo dos mais ricos e a miséria dos mais pobres. Frequentemente, basta passar pelas estradas duma cidade para ver o contraste entre os que vivem nos passeios e as luzes brilhantes das lojas. Estamos já tão habituados a tudo isso que nem nos impressiona. O mundo sofre de múltiplas formas de exclusão, marginalização e pobreza, como também de conflitos para os quais convergem causas econômicas, políticas, ideológicas e até mesmo, infelizmente, religiosas.
Neste mundo, os mass-media podem ajudar a sentir-nos mais próximo uns dos outros; a fazer-nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana, que impele à solidariedade e a um compromisso sério para uma vida mais digna. Uma boa comunicação ajuda-nos a estar mais perto e a conhecer-nos melhor entre nós, a ser mais unidos. Os muros que nos dividem só podem ser superados, se estivermos prontos a ouvir e a aprender uns dos outros. Precisamos harmonizar as diferenças por meio de formas de diálogo, que nos permitam crescer na compreensão e no respeito. A cultura do encontro requer que estejamos dispostos não só a dar, mas também a receber de outros. Os mass-media podem ajudar-nos nisso, especialmente nos nossos dias em que as redes da comunicação humana atingiram progressos sem precedentes. Particularmente a internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos; e isto é uma coisa boa, é um dom de Deus.
No entanto, existem aspectos problemáticos: a velocidade da informação supera a nossa capacidade de reflexão e discernimento, e não permite uma expressão equilibrada e correta de si mesmo. A variedade das opiniões expressas pode ser sentida como riqueza, mas é possível também fechar-se numa esfera de informações que correspondem apenas às nossas expectativas e às nossas ideias, ou mesmo a determinados interesses políticos e econômicos. O ambiente de comunicação pode ajudar-nos a crescer ou, pelo contrário, desorientar-nos. O desejo de conexão digital pode acabar por nos isolar do nosso próximo, de quem está mais perto de nós. Sem esquecer que a pessoa que, pelas mais diversas razões, não tem acesso aos meios de comunicação social corre o risco de ser excluído.
Estes limites são reais, mas não justificam uma rejeição dos mass-media; antes, recordam-nos que, em última análise, a comunicação é uma conquista mais humana que tecnológica. Portanto haverá alguma coisa, no ambiente digital, que nos ajuda a crescer em humanidade e na compreensão recíproca? Devemos, por exemplo, recuperar certo sentido de pausa e calma. Isto requer tempo e capacidade de fazer silêncio para escutar. Temos necessidade também de ser pacientes, se quisermos compreender aqueles que são diferentes de nós: uma pessoa se expressa plenamente a si mesma, não quando é simplesmente tolerada, mas quando sabe que é verdadeiramente acolhida. Se estivermos verdadeiramente desejosos de escutar os outros, então aprenderemos a ver o mundo com olhos diferentes e a apreciar a experiência humana tal como se manifesta nas várias culturas e tradições. Entretanto saberemos apreciar melhor também os grandes valores inspirados pelo Cristianismo, como, por exemplo, a visão do ser humano como pessoa, o matrimonio e a família, a distinção entre esfera religiosa e esfera política, os princípios de solidariedade e subsidiariedade, entre outros.
Então, como pode a comunicação estar ao serviço de uma autêntica cultura do encontro? E – para nós, discípulos do Senhor – que significa, segundo o Evangelho, encontrar uma pessoa? Como é possível, apesar de todas as nossas limitações e pecados, ser verdadeiramente próximo aos outros? Estas perguntas resumem-se naquela que, um dia, um escriba – isto é, um comunicador – pôs a Jesus: «E quem é o meu próximo?» (Lc 10, 29 ). Esta pergunta ajuda-nos a compreender a comunicação em termos de proximidade. Poderíamos traduzi-la assim: Como se manifesta a «proximidade» no uso dos meios de comunicação e no novo ambiente criado pelas tecnologias digitais? Encontro resposta na parábola do bom samaritano, que é também uma parábola do comunicador. Na realidade, quem comunica faz-se próximo. E o bom samaritano não só se faz próximo, mas cuida do homem que encontra quase morto ao lado da estrada. Jesus inverte a perspectiva: não se trata de reconhecer o outro como um meu semelhante, mas da minha capacidade para me fazer semelhante ao outro. Por isso, comunicar significa tomar consciência de que somos humanos, filhos de Deus. Apraz-me definir este poder da comunicação como «proximidade».
Quando a comunicação tem como fim predominante induzir ao consumo ou à manipulação das pessoas, encontramo-nos perante uma agressão violenta como a que sofreu o homem espancado pelos assaltantes e abandonado na estrada, como lemos na parábola. Naquele homem, o levita e o sacerdote não veem um seu próximo, mas um estranho de quem era melhor manter a distância. Naquele tempo, eram condicionados pelas regras da pureza ritual. Hoje, corremos o risco de que alguns mass-media nos condicionem até ao ponto de fazer-nos ignorar o nosso próximo real.
Não basta circular pelas «estradas» digitais, isto é, simplesmente estar conectados: é necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro verdadeiro. Não podemos viver sozinhos, fechados em nós mesmos. Precisamos amar e ser amados. Precisamos de ternura. Não são as estratégias comunicativas que garantem a beleza, a bondade e a verdade da comunicação. O próprio mundo dos mass-media não pode alhear-se da solicitude pela humanidade, chamado como é a exprimir ternura. A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas. A neutralidade dos mass-media é só aparente: só pode constituir um ponto de referimento quem comunica colocando-se a si mesmo em jogo. O envolvimento pessoal é a própria raiz da fiabilidade dum comunicador. É por isso mesmo que o testemunho cristão pode, graças à rede, alcançar as periferias existenciais.
Tenho-o repetido já diversas vezes: entre uma Igreja acidentada que sai pela estrada e uma Igreja doente de auto-referencialidade, não hesito em preferir a primeira. E quando falo de estrada penso nas estradas do mundo onde as pessoas vivem: é lá que as podemos, efetiva e afetivamente, alcançar. Entre estas estradas estão também as digitais, congestionadas de humanidade, muitas vezes ferida: homens e mulheres que procuram uma salvação ou uma esperança. Também graças à rede, pode a mensagem cristã viajar «até aos confins do mundo» (At 1, 8). Abrir as portas das igrejas significa também abri-las no ambiente digital, seja para que as pessoas entrem, independentemente da condição de vida em que se encontrem, seja para que o Evangelho possa cruzar o limiar do templo e sair ao encontro de todos. Somos chamados a testemunhar uma Igreja que seja casa de todos. Seremos nós capazes de comunicar o rosto duma Igreja assim? A comunicação concorre para dar forma à vocação missionária de toda a Igreja, e as redes sociais são, hoje, um dos lugares onde viver esta vocação de redescobrir a beleza da fé, a beleza do encontro com Cristo. Inclusive no contexto da comunicação, é precisa uma Igreja que consiga levar calor, inflamar o coração.
O testemunho cristão não se faz com o bombardeio de mensagens religiosas, mas com a vontade de se doar aos outros «através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana (Bento XVIMensagem para o XLVII Dia Mundial das Comunicações Sociais, 2013). Pensemos no episódio dos discípulos de Emaús. É preciso saber-se inserir no diálogo com os homens e mulheres de hoje, para compreender os seus anseios, dúvidas, esperanças, e oferecer-lhes o Evangelho, isto é, Jesus Cristo, Deus feito homem, que morreu e ressuscitou para nos libertar do pecado e da morte. O desafio requer profundidade, atenção à vida, sensibilidade espiritual. Dialogar significa estar convencido de que o outro tem algo de bom para dizer, dar espaço ao seu ponto de vista, às suas propostas. Dialogar não significa renunciar às próprias ideias e tradições, mas à pretensão de que sejam únicas e absolutas.
Possa servir-nos de guia o ícone do bom samaritano, que liga as feridas do homem espancado, deitando nelas azeite e vinho. A nossa comunicação seja azeite perfumado pela dor e vinho bom pela alegria. A nossa luminosidade não derive de truques ou efeitos especiais, mas de nos fazermos próximo, com amor, com ternura, de quem encontramos ferido pelo caminho. Não tenhais medo de vos fazerdes cidadãos do ambiente digital. É importante a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para dialogar com o homem de hoje e levá-lo ao encontro com Cristo: uma Igreja companheira de estrada sabe pôr-se a caminho com todos. Neste contexto, a revolução nos meios de comunicação e de informação é um grande e apaixonante desafio que requer energias frescas e uma imaginação nova para transmitir aos outros a beleza de Deus.
Vaticano, 24 de Janeiro – Memória de São Francisco de Sales – do ano 2014.

Franciscus

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Reflexão Salesiana para o 6º domingo de Páscoa - 25 de maio de 2014






























Destaque: "e Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará um outro defensor, para que permaneça para sempre convosco." 

Perspectiva Salesiana

No evangelho de hoje Jesus promete interceder junto ao Pai para que Ele envie um advogado (às vezes traduzido como Paráclito, em grego Parakletos 'aquele que consola ou apoia') para que permaneça com seus discípulos e os acompanhe na caminhada da vida.

No dicionário Houaiss encontramos a seguinte definição de advogado: indivíduo que patrocina ou protege alguém ou uma causa; patrono, defensor. (a mesma palavra usada por Jesus)

Também no sentido da palavra advogado se destaca o verbo responder. Neste contexto, o advogado, o Paráclito, o Espírito Santo vai responder por todos aqueles que seguem Jesus. Em outras palavras, este advogado é alguém que nos representa. 

Mas espere, tem mais! Quem de nós percebeu que Jesus promete a seus discípulos "outro" advogado?  A menos que eu esteja errado sobre isso, ele diz que "outro" significa que este não é o primeiro advogado que foi enviado para nós; ao contrário, este é um segundo advogado. Isto no leva a perguntar: Quem foi o advogado anterior?

Foi o próprio Jesus. Jesus tornou-se o nosso representante no momento em que ele se tornou um de nós; quando ele se tornou um conosco; quando se tornou um para nós. Jesus se fez nosso representante  vivendo entre nós, trabalhando por nós, amando-nos e morrendo por nós, para que possamos um dia subir para sempre através do poder e da promessa da ressurreição. 

Mas esperem um momento. Parece que temos mais um advogado ainda para reconhecer: Deus, o Senhor, o Pai.

Deus tornou-se o nosso representante no momento em que criou algo do nada. Deus tornou-se o nosso representante ao criar formas depois do caos. Deus tornou-se o nosso representante através da criação, para que possamos compartilhar um pouco da Sua imagem e semelhança divina. Deus tornou-se o nosso representante através da Encarnação ao adotar a nossa imagem e semelhança humana.

Numa palavra, parece que Deus nosso eterno advogado é, entre outras coisas, "um representante". 

Como filhos de Deus, como irmãos e irmãs de Jesus, como templos do Espírito Santo, também nós fomos chamados a ser advogados. Fomos chamados a representar o que é justo; Fomos chamados para representar o que é certo; Fomos chamados para representar tudo o que implica em paz; Fomos chamados para representar tudo o que é justo e imparcial. Especialmente como membros da tradição salesiana, somos chamados para representar tudo o que Deus é de forma amorosa, bondosa, paciente, alegre e atenciosa entre outras coisas da nossa espiritualidade. 

Deus nos representa ao criar-nos, redimir-nos e inspirar-nos. Existe melhor maneira de expressar nossa gratidão do que vivenciar tudo isso através da nossa disposição para representar-nos uns aos outros? 

P. Michael S. Murray, OSFS - Diretor-Gerente do Centro de Espiritualidade de Sales.
Tradução e adaptação: P. Tarcizio Paulo Odelli, SDB

Dos escritos de São Francisco de Sales

As leituras de hoje nos lembram que amar Jesus significa ter presente Sua palavra e pensamento, sentir e agir de acordo com a Sua palavra. São Francisco de Sales sublinha a importância de aprender a manter Sua palavra e a viver Jesus através de uma vida de oração e virtude. 

A oração ilumina nossa mente com o brilho da luz de Deus e expõe nossa vontade para o calor do seu amor. A oração é como uma corrente de água benta, ajuda as plantas de nossas boas intenções a crescer e florescer. Todos os dias nós devemos ter tempo para meditar. Se possível, meditar no início da manhã, quando a mente é geralmente clara e mais focada depois de ter descansado durante a noite. Para que possam viver  Jesus, peçam a Deus para ajudá-los a rezar com o coração. 

Se vocês meditam sobre a vida de Jesus, aprenderão com o seu exemplo e moldarão suas ações de acordo com Seu modo de vida. Aos poucos, se acostumarão a passar facilmente da tranquilidade da oração ao cumprimento de suas múltiplas tarefas, mesmo se essas tarefas forem totalmente diferentes dos afetos que receberam durante a oração. O advogado deve ter a capacidade de passar da oração à defesa de suas causas, o comerciante as finanças e o pai para cuidar de seus filhos. Os nossos atos diários, que fazem parte da vida virtuosa que levamos, devem derivar de meditação. 

Cada pessoa deve praticar as virtudes próprias do tipo de vida que ele ou ela foram chamados a viver. Quando colocamos em prática as virtudes devemos inclinar-nos por aquelas que melhor atendam as nossas obrigações, e não aquelas que são mais agradáveis para nós. Geralmente os cometas parecem ser maiores do que as estrelas porque estão mais perto de nós. Da mesma forma, às vezes, temos a tendência a acreditar que certas virtudes são simplesmente melhores, porque elas parecem ter mais importância. No entanto, para poder avançar no amor santo devemos escolher as virtudes que contrastam com as nossas deficiências e fraquezas habituais. Por exemplo, se formos assaltados pela raiva devemos praticar a bondade, não importando quão pequeno parece ser este ato de virtude. A verdadeira virtude não tem limites. Se agirmos de boa fé por reverência a Deus, Ele nos elevará até as alturas grandiosas para que possamos viver Jesus, mesmo se sofrermos para fazer o que é certo. 

Claro, a Boa Nova do Evangelho de hoje é que nós não estamos sozinhos - não estamos abandonados à nossa própria sorte em nossa tentativa de viver Jesus. Contamos com a promessa que Cristo nos fez: que o Espírito Santo nos ajudará, nos guiará e nos acompanhará!

(Adaptado a partir dos escritos de São Francisco de Sales) 

















Neste final de semana a Família Salesiana de Dom Bosco celebra o dia de sua Mãe e Mestra, Maria Auxiliadora. Dom Bosco foi muito devoto de Maria e nos deixou seu amor a Maria como uma grande herança. Para nós, Maria Auxiliadora é modelo e guia na nossa ação educativa e apostólica. "A entrega cotidiana a Maria caracteriza, portanto, a nossa espiritualidade. A entrega é um dinamismo ascendente: é fazer o dom de si para responder com generosidade à missão a cumprir; mas é também dinamismo descendente: acolher com confiança e reconhecimento o auxílio d'Aquela que guiou Dom Bosco e continua a guiar a Família espiritual que teve nele a sua origem." (Carta de identidade carismática da Família Salesiana de Dom Bosco, 37)

Para São Francisco de Sales, Maria “é a particular auxiliadora das almas que se dedicam a Nosso Senhor.”

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Reflexão salesiana para o quinto Domingo da Páscoa - 18 de maio de 2014

Destaque: "Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também."

Perspectiva Salesiana

William Barclay define o contexto para a garantia dada por Jesus aos seus discípulos no Evangelho de hoje. "Num curto espaço de tempo a vida dos discípulos iria desmoronar. Seu mundo estava para desintegrar-se num caos total. Neste momento só havia uma coisa a fazer: agarrar-se completamente na confiança em Deus... chega um momento em que temos que acreditar no que não podemos ver, e aceitar o que nem sempre podemos entender. Se na hora mais obscura acreditamos que existe um propósito para esta vida e esse propósito é amar, até o insuportável se tornará suportável e na escuridão haverá uma luz de esperança."
Existem muitas coisas que perturbam nossos corações. Em todo o mundo, temos assistido aos estragos do terrorismo, da violência associada à intolerância religiosa, do ódio associado com o genocídio cultural e social, da devastação causada por desastres naturais. Internamente, nós brasileiros vivemos também estes momentos de incertezas, associadas a questões como a segurança nacional, a segurança social, a independência energética e serviços de saúde acessíveis... Mais perto de nós, cada um sempre tem preocupações e ansiedades relacionadas com a família, amigos, a outras pessoas que amamos... inclusive conosco mesmos. 
A verdade é que sempre existe alguma coisa, seja global ou local, que perturba nossas mentes e nossos corações.
Ao enfrentarmos estas e muitas outras coisas que invadem nossos corações, Jesus nos pede para ter fé, para acreditar Nele.
São Francisco de Sales observou: "O que posso dizer para ajudá-los no sentido que esses pensamentos deixem de fluir em seus corações?  Não tentem livrar-se deles, porque este esforço tão ansioso só vai fazer com que seus corações fiquem mais doentes ainda.... Não tentem superar essas ansiedades, porque este esforço só irá fortalecê-las... Mantenham sua mente fixa em Cristo crucificado." Ele concluiu dizendo: "Se o mundo virar de cabeça para baixo, se tudo ao nosso redor se converter em fumaça e escuridão, devemos ter em mente que Deus está conosco. Porque, se nós sabemos que Deus vive na escuridão e no Monte Sinai, que está cheio de fumaça e cercado do estridente som dos trovões e dos relâmpagos, por acaso não ficaremos bem desde que nos mantenhamos perto de Deus? "(Stopp, letras selecionadas , p. 125) 
Percebemos que em determinados momentos das nossas vidas chegamos ao ponto de pensar que fizemos tudo aquilo que era possível fazer para tentar resolver nossos problemas ou para acabar com as nossas preocupações, e que a única coisa que resta é deixar as coisas nas mãos de Deus. Há outros momentos em que não temos a menor ideia de como resolver um problema e, em seguida, nós colocamos a nossa confiança em Deus. A sabedoria que existe em cada conselho de Francisco de Sales é baseada na necessidade de reconhecer que, na medida em que nós deixamos nossos corações serem perturbados, perderemos a força ou a capacidade de lidar com as coisas que perturbam. Colocando nossa confiança em Deus, em Jesus e no Espírito aprenderemos a confiar em nós mesmos e nos outros na hora de lidar com os desafios da vida. Colocando nossa confiança em Deus também nos lembra que confiar em nós mesmos e nos outros, incluindo aqueles a quem amamos, tem um limite. 
Colocando nossa confiança em Deus não garante como o mistério da vida irá se desenvolverá.  Mesmo assim, colocando a nossa confiança em Deus deve ser o nosso primeiro passo para entender os mistérios da vida mais profundamente... e com mais fé.

P. Michael S. Murray, OSFS - Diretor-Gerente do Centro de Espiritualidade de Sales.
Tradução e adaptação: P. Tarcizio Paulo Odelli, SDB


Dos escritos de São Francisco de Sales


Hoje Jesus nos implora para crermos n'Ele. E é a Verdade que nos dá a vida, a força que nos enche para que possamos fazer grandes coisas. São Francisco de Sales nos diz: 
Não há nada mais forte do que a verdade. Viver na verdade é levar uma vida completamente conformes à fé simples. A força da fé é tão grande que não teme nada. Todos nós temos esta fé férrea, mas como nem sempre a percebemos dentro de nós, muitas vezes nos deixamos vencer pelo medo e nos tornamos fracos. A força da fé consiste, em parte, no entendimento do poder que ela nos dá, que nos diz que podemos fazer tudo em nome de Deus, que nos fortalece. A força da nossa fé nos faz reconhecer a realidade da nossa bondade e dignidade como pessoas que têm a capacidade de se unir a Deus, que é a Verdade. Nossa fé, em união com Deus nos sustenta em meio a tantas e grandes debilidades, e nos dá a força necessária para nos convertermos em pessoas autênticas. 
O objetivo da autenticidade cristã é transcender além do nosso espírito egoísta, e encontrar o nosso verdadeiro espírito em Cristo. Nosso Senhor veio a este mundo para nos dar vida. Mesmo assim, ao longo de nossas vidas prevalecerão em nós certos interesses egoístas que nos afastam do caminho vivificante de Deus. Aos poucos, temos que ir deixando de lado estes afetos para as coisas inferiores, e buscar a felicidade que Ele deseja para nós. Quanto mais fervor demonstrarmos em nosso propósito de deixar de lado esses amores mais baixos, mais espaço estaremos dando ao amor de Deus que pode fazer maravilhas em nós. Quanto mais nós nos livramos de nossos desejos egoístas, e concordarmos com o que Deus quer para nós, mais livre será nosso espírito humano de inquietação interior. 
As abelhas se mostram inquietas quando não tem uma rainha. Nós também, estamos inquietos enquanto não dermos à luz a nosso Salvador em nossos corações. Permaneçamos muito próximos a este Salvador santo que nos reúne ao seu redor para nos manter sempre sob sua santa proteção. Ele é como a abelha rainha, que se preocupa tanto com o enxame, que nunca deixa sua colmeia a menos que esteja cercada por toda a sua pequena população. Muito grande é a confiança que nosso Redentor deseja que depositemos a Seu cuidado por nós. Todos aqueles que confiam n'Ele sempre colherão os frutos desta confiança. Imitar seu verdadeiro e vivificante exemplo, realmente nos levará a fazer grandes coisas!

(Adaptado a partir dos escritos de São Francisco de Sales) 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Reflexão salesiana para o 5º Domingo de Páscoa - 11 de Maio de 2014

Dos escritos de São Francisco de Sales

Hoje vivenciamos  Jesus, o Bom Pastor. Ele nos convida a ouvir a Sua voz para que possamos "ter vida e vida em abundância." São Francisco de Sales faz o seguinte comentário:
Nosso Bom Pastor nos reúne ao seu redor para nos manter sob Sua proteção. Cheio de bondade alimenta-nos com Seu amor. A mão de Deus é muito amorosa em relação ao nosso coração. Fortalece-o sem privar-nos da liberdade. Aqueles que ouvem bem a Sua voz nunca carecerão de inspirações sagradas para poder levar uma vida cheia de abundância, e assim cumprir suas responsabilidades. 
Para ouvir bem, primeiro devemos aprender a escutar. Para ouvir a palavra de Deus, é preciso, primeiramente, prestar atenção abrindo nossos corações. Para poder escutar a palavra de Deus, devemos aprendê-la bem, e realizar o que foi inculcado em nós. Quando o maná caiu do céu, os hebreus se levantaram antes do amanhecer de cada dia para recolhê-lo. O comiam para que lhes servisse de alimento, e assim poder recobrar suas forças. Da mesma forma é que devemos digerir bem a palavra de Deus, a fim de torná-lo parte de nosso ser. 
Portanto, alimentem-se cada dia fazendo leituras espirituais que reafirmem a palavra de Deus em vocês, e que os guiem pelo caminho do bem-estar eterno. Permitam que a palavra de Deus que escutaram continue falando-lhes durante o dia. Coloquem isso em prática, e deixem tudo o mais nas mãos de nosso Salvador, que vai sustentar as nossas verdadeiras necessidades. Se teremos uma vida eterna em abundância, é preciso primeiro ouvir a voz do nosso Pastor que nos guia, sempre e quando o permitirmos. 
Dado que nós facilmente desandamos, Nosso Salvador quer nos ensinar como alcançar uma vida de abundância, Deixando-nos guiar pelo amor por Sua voz, em vez do amor pelas vozes de estranhos que nos levam ao mau caminho. O verdadeiro amor acontece quando vivemos na luz do amor de nosso Salvador, em não na luz  desses amores egoístas que a cultura enfatiza tanto! Quão felizes seremos se permanecermos na presença do Pastor, escutando e vivendo fielmente a Sua voz!

(Adaptado a partir dos Sermões de São Francisco de Sales, L. Fiorelli, Ed.) 

Destaque: "Se suportais com paciência aquilo que sofreis por ter feito o bem, isso vos torna agradáveis diante de Deus".

Perspectiva Salesiana  

Ouvimos ecos desta primeira Carta de Paulo em uma das exortações de S. Joana de Chantal à sua comunidade, as Irmãs da Visitação. Ela argumentou: "Olhemos para o nosso Salvador, seu excessivo sofrimento e seu excessivo amor. Mantenhamos nossos corações em alerta diante destas coisas, para que o nosso divino Salvador possa nos comunicar e dar a força para suportar as coisas que de sua mão amada nos possa chegar." (Conferências, página 255) 
Como podemos comparar o nosso sofrimento com o sofrimento que Jesus experimentou? Se falarmos do sofrimento experimentado no último dia, não há comparação. Mas se considerarmos o sofrimento que implica o esforço que fazemos ao padecer, ao suportar os outros, então vamos perceber que nós temos muito em comum com o sofrimento de Jesus. Muito mais do que podemos imaginar. 
Analisem a palavra sofrimento em si mesma. Implica não apenas "suportar" algo difícil, doloroso ou mesmo prejudicial. A palavra sofrimento vem do latim e significa "carregar, aguentar, dar à luz... ou vida a.
Criados à imagem e semelhança de Deus, redimidos pelo amor de Cristo e inspirados pelo Espírito, todos nós temos uma responsabilidade a carregar: viver nossas vidas para os outros. Todos são chamados a arcar com a responsabilidade de amar uns aos outros, para ajudar uns aos outros, a desafiar-nos uns aos outros, para curar os outros, para encorajar uns aos outros. Filhos de Deus, irmãos e irmãs de Cristo, todos carregamos os inconvenientes que vêm de uma vida de serviço generoso. 
Resumindo, nós somos chamados a viver da mesma forma que Jesus viveu... e carregar, suportar tudo o que chega até nós como consequência do estilo de vida que escolhemos. "Foi por isso que vocês foram chamados, pois Cristo sofreu por vós, e lhes deixou um exemplo para que vocês possam seguir seus passos." 
Santa Joana reconheceu claramente o sofrimento, a inconveniência, os esforços que temos que fazer quando escolhemos viver para os outros: "Devemos ter um grande coração para os nossos vizinhos, que em termos de amor, carinho e apoio significa estar dispostos a servir, ajudar, confortar e apoiar de qualquer maneira que nos for possível, mas com alegria e cordialidade... Um grande coração é um coração que está pronto para enfrentar todos os tipos de problemas, um coração aberto que ama antes de tudo à vontade de Deus." (Conferências , página 174) 
Esta é a vontade de Deus para conosco: não devemos suportar um sofrimento que nos leve à vida, mas um sofrimento que nos leva, como diz Santa Joana, "para uma nova vida na graça e no amor de Deus, neste mundo e, em seguida, para sempre na glória..."  o sofrimento causado por ter que suportar, carregar os outros com amor (Conferências, páginas 117-118), Ou como Paulo escreveu em sua carta aos Efésios (4,2) para viver uma vida digna do nosso chamado, para ser completamente humildes e gentis, carregando os outros... com amor.

P. Michael S. Murray, OSFS - Diretor-Gerente do Centro de Espiritualidade de Sales.
Tradução e adaptação: P. Tarcizio Paulo Odelli, SDB

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Reflexão salesiana para o terceiro domingo de Páscoa - 4 de maio de 2014



























Destaque: "Eles contaram como se conheceram durante a distribuição do pão."

Perspectiva Salesiana

Dois discípulos estavam viajando a caminho de uma aldeia chamada Emaús. Em meio à conversa agradável que faziam, Jesus aproximou-se e começou a caminhar ao lado deles.

Sabemos que durante os quase sete quilômetros de estrada que Jesus andou com os dois discípulos, eles não foram capazes de identificar o viajante que os acompanhava. Não o foi até que eles se sentaram à mesa com ele, e até o momento em que Jesus partiu o pão e partilhou com eles. Então, seus olhos finalmente se abriram para a realidade.

O que aconteceu naquele ato simples que permitiu aos dois discípulos reconhecerem a Jesus?  Sem dúvida, este ato fez com que relembrassem a Ultima Ceia, o momento tão poderoso que viveram imediatamente antes da traição de Judas contra Cristo. Além disso, este ato deve ter recordado as muitas experiências de comunhão e de fraternidade que viveram à mesa com Jesus e com os outros discípulos. Oportunidades simples, pessoais e íntimas que tiveram para chegar a entender mais sobre Jesus e sobre si mesmos. Esse ato à primeira vista simples e comum, mas tão significativo, de partir e partilhar o pão, abriu para eles uma porta que os levou a experimentar o divino em cada momento de suas vidas diárias. Analisando o mesmo numa escala maior, este ato deve ter lembrado para eles a experiência de comunhão e de comunidade que experimentaram com Jesus e seus companheiros ao longo do caminho; dos momentos bons, maus e os intermediários que se passaram enquanto viveram, aprenderam e amaram juntos agora.

Conectando esta história com o eventual entendimento da Igreja sobre o que á a comunhão que São Francisco de Sales salientou em seu livro sobre o Pregador e Pregação: "É verdade que, como nosso Senhor está verdadeiramente conosco, nos ilumina, porque Ele é a luz. Depois que os discípulos se comunicaram em Emaús, seus "olhos se abriram". (Página 26) Reunidos em torno da mesa com o Senhor, em nossa celebração e recepção como comunidade, somos desafiados a ver como Cristo está presente na Eucaristia e como Cristo está presente dentro de nós. 

Ainda assim, precisamos ampliar nossa noção de comunicação, a fim de compreender mais profundamente o significado desta cena do Evangelho.  Jesus se torna especialmente presente em cada mesa onde as pessoas se reúnem em fraternidade. Jesus está personificado sempre que as pessoas permitem serem partidas e partilhadas com e pelos outros. Jesus pode ser visto sempre que as pessoas estão mais focadas nas coisas que unem e menos em coisas que podem vir a separá-las. 

Ao partir o pão com os outros, literalmente ou de modo figurado, o poder e a promessa de Cristo ressuscitado se manifesta em nós. Quando decidimos "repartir" para alimentar os outros, estamos personificando neste instante, neste momento de nossas vidas, algo de Jesus, que acompanhou os dois discípulos tanto tempo. 

A pergunta é: reconhecemos Jesus em nossas tentativas para alimentar os outros?

P. Michael S. Murray, OSFS - Diretor do Centro de Espiritualidade de Sales.
Tradução e adaptação: P. Tarcizio Paulo Odelli - SDB

Dos escritos de São Francisco de Sales

Hoje os discípulos de Jesus experimentam o amanhecer da fé em Jesus ressuscitado, quando o encontram na estrada para Emaús. São Francisco de Sales faz a seguinte observação: 
Jesus, vestido como um peregrino, encontra-se com dois de seus discípulos na estrada de Emaús. Ele faz-lhes perguntas relacionadas às conversas que faziam sobre a Sua ressurreição. Mas eles não o reconhecem. Depois de confessar as dúvidas que experimentavam sobre sua ressurreição, Jesus os instrui e os ilumina com Suas palavras. Então, no momento em que Jesus está prestes a partir o pão com eles, finalmente, reconhecem o Salvador ressuscitado e n'Ele creem.
Quando uma pessoa ouve a palavra de Deus com prazer, isto é um sinal muito bom. Estamos em constante comunicação com Deus, que nunca deixa de falar aos nossos corações através das inspirações e dos movimentos sagrados. Deus dá a cada um de nós o necessário para viver, trabalhar e manter as nossas vidas nas inspirações espirituais.
Quando Deus nos dá a fé, Ele entra em nossas almas, e simpaticamente nos leva a acreditar através da inspiração. Mas nossa alma, na escuridão e penumbra, apenas vislumbra um lampejo dessas verdades. É como quando a terra está coberta de nevoeiro. Nós não podemos ver o sol, mas chegamos a um vislumbre de sua luz. Esta luz obscura da fé entra em nosso espírito, e passo a passo nos leva a amar a beleza da verdade de Deus encarnado em Jesus Cristo, e acreditar nela. 
A fé é a melhor amiga do nosso espírito humano. A fé garante a infinita bondade de Deus, e, portanto, nos dá motivos suficientes para amá-lo com todas as nossas forças. Devemos tomar muito cuidado com o que ouvimos dentro de nós e ao nosso redor, sobre a palavra divina, para que ela nos fortaleça. Sejam, então, dedicados à Palavra de Deus, seja ouvindo em conversas familiares, seja com os amigos espirituais, ou durante os sermões. Sigam o exemplo dos discípulos. Permitam, com alegria, que as palavras de nosso Salvador alimentem seus corações como se fosse uma pomada de cicatrização valiosa, cheia de esperança.

(Adaptado a partir dos escritos de São Francisco de Sales)